Justiça mantém prisão do dono do Banco Master após audiência de custódia
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Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, seguirá preso após decisão tomada na audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira (18). Segundo O Globo, a defesa prepara ainda para esta terça-feira um pedido de habeas corpus. Os advogados sustentam que não há risco de continuidade das irregularidades sob investigação, especialmente porque o Banco Master já foi liquidado pelo Banco Central, o que eliminaria a possibilidade de novos delitos no âmbito da instituição.
Defesa afirma que não houve tentativa de fuga
Os defensores também pretendem apresentar à Justiça o argumento de que Vorcaro não tentou fugir. Eles afirmam que o empresário havia viajado recentemente para Abu Dhabi, mas a viagem ocorreu antes de ele saber da existência do inquérito da Polícia Federal que apura supostas irregularidades na gestão do Master e na tentativa de venda da instituição para o BRB.
Segundo a defesa, desde que foi informado da abertura da investigação, Vorcaro vinha procurando contato com o Judiciário com o objetivo de prestar esclarecimentos e colaborar com o andamento do processo.
Encontro com advogados na carceragem da PF
Os advogados puderam conversar com o empresário por alguns minutos na carceragem da Polícia Federal em São Paulo, onde ele permanece detido. O pedido de habeas corpus deverá ser analisado nos próximos dias, enquanto Vorcaro aguarda uma eventual revisão da decisão que manteve sua prisão após a audiência de custódia.
Empresário foi preso no aeroporto
Vorcaro foi preso no início da manhã desta terça-feira no âmbito Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal para apurar um suposto esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsificados. De acordo com as autoridades, essas operações ilícitas teriam movimentado bilhões por meio do Banco Master e de instituições ligadas ao grupo.
A PF afirma que Vorcaro estaria prestes a embarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o que levou à antecipação do cumprimento do mandado de prisão. No total, foram expedidos sete mandados de prisão e 25 ordens de busca e apreensão em cinco estados.
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