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Lindbergh cobra Tarcísio sobre explosão de feminicídios em São Paulo

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Lindbergh cobra Tarcísio sobre explosão de feminicídios em São Paulo
Lindbergh cobra Tarcísio sobre explosão de feminicídios em São Paulo (Foto: Reprodução)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) cobrou publicamente uma resposta do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, diante da escalada da violência de gênero no estado. A manifestação do parlamentar ocorreu no mesmo dia em que atos contra o feminicídio tomaram as ruas de diversas capitais brasileiras. 

Em publicação nas redes sociais, o petista destacou o crescimento alarmante dos crimes: “Tarcísio precisa explicar! Estupros cresceram 43% em SP nos últimos 5 anos e o feminicídio subiu 76% na capital. No dia de defesa da vida das mulheres, o governador deve uma resposta: o que será feito pra parar essa violência?”. 

Pressão por respostas em meio à onda de manifestações

As declarações de Lindbergh ecoam um clima nacional de indignação. Neste domingo (7), o movimento Mulheres Vivas coordenou protestos em várias cidades do país, motivados pelo aumento dos casos de feminicídio e outras formas de violência contra mulheres. As mobilizações, segundo o Brasil 247, começaram pela manhã em Curitiba, Brasília e Belo Horizonte, e se espalharam ao longo do dia para capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Teresina, Manaus e Boa Vista.

Forte adesão em São Paulo

Na capital paulista, o ato teve início às 14h em frente ao Masp, ocupando dois quarteirões da Avenida Paulista. Mulheres de várias idades, acompanhadas por homens e crianças, ergueram cartazes com frases como “misoginia mata” e “nenhuma a menos”, além de homenagens a vítimas recentes de feminicídio. O trânsito não foi totalmente bloqueado e seguiu liberado até a altura da Rua Itapeva. A Polícia Militar acompanhou a manifestação.

Mobilização nacional reforça gravidade dos números

Em Belo Horizonte, manifestantes se concentraram na Praça Raul Soares, marchando até a Praça da Estação com cartazes que pediam justiça e denunciavam a impunidade. Em Curitiba, o protesto começou no Largo da Ordem, ao som do coro “Mulheres Vivas”.

O contexto que embasa a cobrança de Lindbergh é grave: só em 2024, o Brasil registrou 1.492 feminicídios, o maior número desde que o crime foi tipificado em 2015. Em 2025, o estado de São Paulo já contabiliza 53 feminicídios, um recorde histórico. Os assassinatos de mulheres por razão de gênero aumentaram 10% desde janeiro no estado.

Silêncio do governo paulista amplia críticas

A ausência de posicionamento público do governador sobre esse cenário tem ampliado a pressão política. Para movimentos sociais, parlamentares e coletivos feministas, o governo estadual deve apresentar medidas concretas para conter a escalada da violência e proteger mulheres em situação de risco.

As manifestações deste domingo ressaltam a urgência por políticas públicas eficazes e reforçam a visibilidade de uma crise que vitima mulheres diariamente em todo o país.

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