cover
Tocando Agora:

Ministérios Públicos do BRICS aprovam declaração sobre uso da inteligência artificial no combate ao crime

Rede Sat

Ministérios Públicos do BRICS aprovam declaração sobre uso da inteligência artificial no combate ao crime
Ministérios Públicos do BRICS aprovam declaração sobre uso da inteligência artificial no combate ao crime (Foto: Reprodução)

s chefes dos Ministérios Públicos de nove países que integram o BRICS aprovaram uma declaração para fomentar o uso de novas tecnologias e da inteligência artificial (IA). No documento, eles reconhecem a importância da ferramenta para dar maior agilidade e eficiência às investigações e aos processos judiciais. O objetivo é desarticular redes criminosas que utilizam cada vez mais recursos tecnológicos para práticas ilegais em todo o mundo.

A declaração foi aprovada durante a 7ª Reunião dos Procuradores-Gerais dos Países do BRICS, na última semana, pelo Brasil, China, Egito, Índia, Irã, Rússia, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Indonésia.

Cooperação internacional

O documento ainda busca incentivar que os países do BRICS garantam o desenvolvimento e o uso seguros de tecnologias de inteligência artificial, de acordo com o direito internacional e as obrigações internacionais de direitos humanos. Além disso, também reafirma o compromisso compartilhado com a promoção da justiça e a proteção dos direitos fundamentais, de acordo com o devido processo estabelecido pelas leis nacionais.

Entre os compromissos assumidos, estão sete pontos voltados ao incentivo ao desenvolvimento de novas tecnologias. Entre eles, está o apoio à regulamentação da inteligência artificial (IA), por meio da criação ou do aperfeiçoamento de leis nacionais e de mecanismos internacionais que assegurem o respeito aos princípios jurídicos fundamentais. O documento também reforça a necessidade de ampliar a cooperação para reduzir lacunas relacionadas à IA e outras desigualdades digitais no campo jurídico, em especial no uso da IA em processos judiciais e de acusação.

Dentro das diretrizes estabelecidas, destaca-se a promoção do Estado de Direito, com incentivo ao desenvolvimento de estruturas jurídicas nacionais e internacionais voltadas à aplicação da IA. O texto também enfatiza a necessidade de manter padrões éticos no uso da tecnologia, garantindo respeito à dignidade humana, prevenção de preconceitos e discriminação, combate à desinformação e às informações falsas, e criação de mecanismos de supervisão adequados e consensuais.

Por fim, a declaração enfatiza a necessidade de investir na capacitação por meio do treinamento de promotores e profissionais jurídicos para entender, avaliar e aplicar, de forma responsável, ferramentas de IA em seu trabalho. Também traz à tona a importância da responsabilidade legal no uso de IA em processos judiciais e de acusação, nas respectivas leis nacionais, garantindo mecanismos de responsabilização que estejam em vigor tanto para desenvolvedores quanto para usuários de tais tecnologias. 

Comentários (0)